Quem acompanha automobilismo, sabe que o "13" não carrega uma fama muito boa. Na Formula-1, os carros com esse número só apareceram em três oportunidades.
Mas, por que tantos o evitam?
Tudo começou antes mesmo do surgimento da Formula-1. Paul Torchy, durante o grande prêmio de San Sebastian, Espanha, em Setembro de 1925, bateu em uma árvore e morreu na hora. No ano seguinte, durante a Targa Florio, na Itália, Giulio Masetti sofreu um acidente fatal. Nos dois casos, os pilotos competiam com carros Delage, ostentando o número 13.
Depois disso, o "13" passou a ser evitado pelos pilotos, pois acreditavam que atraía má sorte.
O carro de Paul Torchy, após o acidente
Na Formula-1, o primeiro corajoso a ostentar o número foi o alemão Mauritz von Strachwitz que, coincidentimente, possuía o mesmo nome e sobrenome de um famoso general nazista. Ele se inscreveu para participar do GP da Alemanha de 1953, mas não se classificou para a corrida.
O segundo cético a correr com o "13", foi o mexicano Moises Solana, no GP do México de 1963. Ele largou em 11º, mas abandonou devido a um problema no mortor.
Moisés Solana
Até 1972, não havia um critérios para a numeração dos carros. A partir do GP da Bélgica de 1973, determinaram uma numeração fixa que valeria até o final do campeonato. O número "1" foi destinado ao campeão mundial do ano anterior (Emerson Fittipaldi) e o "2" ficou com seu companheiro de equipe (Ronnie Peterson). Em seguida vinham os outros times, sempre recebendo dois números consecutivos. Quando inscreviam um terceiro carro, ele recebia o menor número ainda não usado. Porém, a numeração pulava o "13".
Em 1974, a ordem passou a ser feita de acordo com a classificação do campeonato de construtores do ano anterior. A Lotus correu com os números "1" e "2", a Tyrrell, ficou com o "3" e o "4", e assim por diante.
Em 1976, ou seja, treze (!) anos depois de Solana, a piloto Divina Galica resolveu disputar o GP da Grã-Bretanha pela equipe Surtees. O time corria com os números "18" e "19" e "38" e ela resolveu usar o "13". A moça disputou a qualificação, mas não chegou a se classificar para a prova.
Galica foi a terceira e última pessoa a pilotar um carro de número "13" na Formula-1.
Divina Galica
Os pilotos podiam correr em carros inseguros, pilotar em velocidades altíssimas e competir em pistas perigosas. Mas poucos tiveram coragem de enfrentar o "13"!
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