29 de maio de 2011
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21 de maio de 2011
17 de maio de 2011
Fórmula-2 1972 - Parte 2
No ano passado, resolvi escrever sobre a temporada de 1972 do campeonato europeu de Fórmula-2. O texto está aqui.
Porém, a revista "Quatro Rodas", que eu usava como fonte, não tinha algumas das edições digitalizadas. Por esse motivo, os meus 3 leitores ficaram esperando até agora...
Finalmente consegui as partes que faltavam e o texto que segue fala sobre as últimas corridas da temporada:
Fórmula-2 1972 - Parte 2
O circuito de Mantorp Park, na Suécia, recebeu a 10ª etapa do campeonato. Seguindo o modelo em vigor, tivemos duas baterias. A primeira delas foi vencida por Peter Gethin, com Mike "The Bike" Hailwood e Jean-Pierre Jabouille completando o pódio. Foi o primeiro pódio de Jabouille, em sua temporada de estreia na categoria.
A segunda bateria teve a vitória de Hailwood e dois "Jean-Pierres" no pódio: Jabouille em segundo e Jaussaud em terceiro. Essa também foi a classificação final dos três primeiros colocados da etapa sueca.
Em seguida, foi disputado o GP do Mediterrâneo, na fantástica Enna-Pergusa. Foi nessa temporada que surgiram as duas chicanes do traçado.
Wilsinho Fittipaldi havia ficado de fora da etapa anterior, pois seu carro estava sofrendo um upgrade: recebeu uma nova suspensão, uma carenagem diferente e um bico copiado da Tyrrell. As mudanças deram resultado e ele terminou a primeira bateria em 4º lugar, seu melhor resultado no ano.
José Carlos Pace largou em segundo, atrás de Hailwood, mas o ultrapassou logo na largada. Moco liderou durante as primeiras voltas, mas acabou parando em razão de um problema em seu motor Ford.
A vitória acabou caindo no colo de Hailwood, com Henri Pescarollo em 2º e Carlos Ruesch em 3º.
Jody Scheckter nos boxes
Na segunda bateria, Patrick Depallier venceu, e o pódio foi novamente completado por Pescarollo e Ruesch. Pescarollo terminou em primeiro na classificação geral, mas não obteve os pontos, pois era piloto de Fórmula-1.
A 12ª etapa foi disputada em Salzburgring, na Áustria. David Morgan venceu a primeira bateria e Hailwood levou a segunda. "The Bike" acabou em primeiro na classificação final e praticamente colocou uma mão na taça, pois seu adversário mais próximo, Jean-Pierre Jaussaud, não completou nenhuma das baterias.
Porém, um fio de esperança surgiu para Jean-Pierre Jaussaud no GP da França, em Albi. Correndo em casa, Jaussaud venceu a corrida, de bateria única, com 0,2s de vantagem em relção ao seu compatriota Patrick Depailler. Para completar a festa francesa, "The Bike" não pontuou.
Hailwood foi um dos maiores pilotos que a motovelocidade viu. Foi campeão das 250cc em 3 ocasiões (1961, 1966, 1967), bicampeão das 350cc (1966 e 1967) e campeão das 500cc em 1962,1963 e 1964. Infelizmente, ele não conesguiu repetir o feito de seu conterrâneo John Surtees e se tornar campeão também na Fórmula-1. Seu melhor resultado foi um segundo lugar no GP da Itália de 1972.
Logo após a corrida que lhe deu o título da Fórmula-2, "The Bike" desabafou: "Ter de correr é uma doença horrível. Meus melhores amigos estão mortos. Mas o que devo fazer? Não estudei nada e ganho dinheiro sem trabalhar muito. Parar? Para isso, a gente precisa ter muita força de vontade e alguma coisa que substitua as corridas de forma eficiente". (Bem diferente das declarações certinhas dadas nas coletivas de imprensa de hoje, não?).
Ironicamente, no dia 21 de Março de 1981, ele morreu em um acidente automobilístico, mas fora de um autódromo, quando colidiu seu automóvel com um caminhão que fazia uma inversão de marcha em local proibido.
Classificação final:
Porém, a revista "Quatro Rodas", que eu usava como fonte, não tinha algumas das edições digitalizadas. Por esse motivo, os meus 3 leitores ficaram esperando até agora...
Finalmente consegui as partes que faltavam e o texto que segue fala sobre as últimas corridas da temporada:
Fórmula-2 1972 - Parte 2
O circuito de Mantorp Park, na Suécia, recebeu a 10ª etapa do campeonato. Seguindo o modelo em vigor, tivemos duas baterias. A primeira delas foi vencida por Peter Gethin, com Mike "The Bike" Hailwood e Jean-Pierre Jabouille completando o pódio. Foi o primeiro pódio de Jabouille, em sua temporada de estreia na categoria.
A segunda bateria teve a vitória de Hailwood e dois "Jean-Pierres" no pódio: Jabouille em segundo e Jaussaud em terceiro. Essa também foi a classificação final dos três primeiros colocados da etapa sueca.
Em seguida, foi disputado o GP do Mediterrâneo, na fantástica Enna-Pergusa. Foi nessa temporada que surgiram as duas chicanes do traçado.
Wilsinho Fittipaldi havia ficado de fora da etapa anterior, pois seu carro estava sofrendo um upgrade: recebeu uma nova suspensão, uma carenagem diferente e um bico copiado da Tyrrell. As mudanças deram resultado e ele terminou a primeira bateria em 4º lugar, seu melhor resultado no ano.
José Carlos Pace largou em segundo, atrás de Hailwood, mas o ultrapassou logo na largada. Moco liderou durante as primeiras voltas, mas acabou parando em razão de um problema em seu motor Ford.
A vitória acabou caindo no colo de Hailwood, com Henri Pescarollo em 2º e Carlos Ruesch em 3º.
Jody Scheckter nos boxes
Na segunda bateria, Patrick Depallier venceu, e o pódio foi novamente completado por Pescarollo e Ruesch. Pescarollo terminou em primeiro na classificação geral, mas não obteve os pontos, pois era piloto de Fórmula-1.
A 12ª etapa foi disputada em Salzburgring, na Áustria. David Morgan venceu a primeira bateria e Hailwood levou a segunda. "The Bike" acabou em primeiro na classificação final e praticamente colocou uma mão na taça, pois seu adversário mais próximo, Jean-Pierre Jaussaud, não completou nenhuma das baterias.
Porém, um fio de esperança surgiu para Jean-Pierre Jaussaud no GP da França, em Albi. Correndo em casa, Jaussaud venceu a corrida, de bateria única, com 0,2s de vantagem em relção ao seu compatriota Patrick Depailler. Para completar a festa francesa, "The Bike" não pontuou.
A última etapa do campeonato foi disputada em Hockenheim. O pessoal da Fórmula-2 devia amar o circuito, pois era a terceira vez que a categoria ia para lá naquele ano!
A largada aconteceu com os carros em movimento, como nas corridas disputadas nos ovais americanos!
Emerson Fittipaldi e Tim Schenken largaram na primeira fila. Emmo assumiu o primeiro lugar e começou a abrir uma certa vantagem. Porém, um problema na troca de marchas (ocasionado por engrenagens folgadas) fez com que ele perdesse alguns segundos e a liderança da prova.
Resolvido o problema, Emerson saiu no encalço de Schenken e, quando o alcançou, começou a preparar o bote. Porém, foi novamente enganado pelas marchas e, ao invés de entrar a quarta, entrou a segunda. O limite do motor era de 9000 rpm, mas acabou atingindo 10100! Por esse motivo, o Rato teve que abandonar.
Schenken continuava na liderança e Hailwood, Wilsinho e Ronnie Peterson disputavam as posições seguintes. "The Bike" ultrapassou o irmão de Emerson. Como Schenken era piloto de F1 e não podia pontuar, ele se deu por satisfeito. A segunda posição lhe garantiu a pontuação máxima e o título.
A largada aconteceu com os carros em movimento, como nas corridas disputadas nos ovais americanos!
Emerson Fittipaldi e Tim Schenken largaram na primeira fila. Emmo assumiu o primeiro lugar e começou a abrir uma certa vantagem. Porém, um problema na troca de marchas (ocasionado por engrenagens folgadas) fez com que ele perdesse alguns segundos e a liderança da prova.
Resolvido o problema, Emerson saiu no encalço de Schenken e, quando o alcançou, começou a preparar o bote. Porém, foi novamente enganado pelas marchas e, ao invés de entrar a quarta, entrou a segunda. O limite do motor era de 9000 rpm, mas acabou atingindo 10100! Por esse motivo, o Rato teve que abandonar.
Schenken continuava na liderança e Hailwood, Wilsinho e Ronnie Peterson disputavam as posições seguintes. "The Bike" ultrapassou o irmão de Emerson. Como Schenken era piloto de F1 e não podia pontuar, ele se deu por satisfeito. A segunda posição lhe garantiu a pontuação máxima e o título.
Hailwood foi um dos maiores pilotos que a motovelocidade viu. Foi campeão das 250cc em 3 ocasiões (1961, 1966, 1967), bicampeão das 350cc (1966 e 1967) e campeão das 500cc em 1962,1963 e 1964. Infelizmente, ele não conesguiu repetir o feito de seu conterrâneo John Surtees e se tornar campeão também na Fórmula-1. Seu melhor resultado foi um segundo lugar no GP da Itália de 1972.
Logo após a corrida que lhe deu o título da Fórmula-2, "The Bike" desabafou: "Ter de correr é uma doença horrível. Meus melhores amigos estão mortos. Mas o que devo fazer? Não estudei nada e ganho dinheiro sem trabalhar muito. Parar? Para isso, a gente precisa ter muita força de vontade e alguma coisa que substitua as corridas de forma eficiente". (Bem diferente das declarações certinhas dadas nas coletivas de imprensa de hoje, não?).
Ironicamente, no dia 21 de Março de 1981, ele morreu em um acidente automobilístico, mas fora de um autódromo, quando colidiu seu automóvel com um caminhão que fazia uma inversão de marcha em local proibido.
Classificação final:
1 - Mike Hailwood - Reino Unido - Surtees-Ford - 55 pontos
2 - Jean-Pierre Jaussaud - França - Brabham-Ford - 37 pontos
3 - Patrick Depailler - França - March-Ford - 27 pontos
4 - Carlos Reutemann - Argentina - Brabham-Ford - 26 pontos
5 - Niki Lauda - Áustria - March-Ford - 25 pontos
6 - Dave Morgan - Reino Unido - Brabham-Ford - 23 pontos
7 - Bob Wollek - França - Brabham-Ford - 21 pontos
8 - Jody Scheckter - África do Sul - McLaren-Ford - 15 pontos
Obs: pilotos de Fórmula-1 que participassem das corridas não marcavam pontos para o campeonato
Créditos: Acervo Digital da revista "Quatro Rodas"
2 - Jean-Pierre Jaussaud - França - Brabham-Ford - 37 pontos
3 - Patrick Depailler - França - March-Ford - 27 pontos
4 - Carlos Reutemann - Argentina - Brabham-Ford - 26 pontos
5 - Niki Lauda - Áustria - March-Ford - 25 pontos
6 - Dave Morgan - Reino Unido - Brabham-Ford - 23 pontos
7 - Bob Wollek - França - Brabham-Ford - 21 pontos
8 - Jody Scheckter - África do Sul - McLaren-Ford - 15 pontos
Obs: pilotos de Fórmula-1 que participassem das corridas não marcavam pontos para o campeonato
Créditos: Acervo Digital da revista "Quatro Rodas"
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