30 de maio de 2013

Capacetes de Alonso e Hamilton em Mônaco

Fernando Alonso e Lewis Hamilton usaram capacetes especiais no GP de Mônaco.

O capacete de Alonso traz um quebra-cabeças com referências a todas as suas vitórias. Abaixo dele, aparecem dois "Ases" de baralho, representando seus dois títulos mundiais.

O casco de Hamilton mostra uma caricatura sua em um carro de passeio, ao lado de sua namorada Nicole Scherzinger e de seu cachorro Roscoe, que vai segurando vela.

Para infelicidade do espanhol e do britânico, nenhum dos capacetes deu sorte...

27 de maio de 2013

Parabéns, Tony


E pra quem não viu a comemoração que a band cortou:

24 de maio de 2013

Raikkonen e o pássaro

Vendo o vídeo do Felipe Nasr contra o pássaro, lembrei desta foto, também em Mônaco, em 2007:


18 de maio de 2013

O domingo negro de Monza

Quando relembramos os piores dias do automobilismo, sempre pensamos em corridas como Le Mans-1955, Bélgica-1960 (com a morte dos pilotos Chris Bristow e Alan Stacey) e San Marino-1994. Porém, em 1933, tambem aconteceu um dos piores momentos da história do esporte a motor. No Grande Prêmio de Monza daquele ano, chamado de "o domingo negro", três dos maiores pilotos da Europa perderam suas vidas: Giuseppe Campari, Mario Umberto Borzacchini e Stanislaw Czaykowski.

O Grande Prêmio de Monza (Gran Premio di Monza) era uma corrida realizada no Autódromo Nacional de Monza, na Itália.  Na época, o traçado da pista era bem diferente do atual, não possuía chicanes e contava com um trecho oval, com inclinação de 21 graus.
O traçado misto possuía 5,793 km, enquanto o oval contava com 4,250 km.

O traçado de Monza em 1933 (wikipedia)


Após o terrível acidente ocorrido em 1928, onde Emilio Materassi e 27 espectadores morreram, o Grande Prêmio da Itália foi cancelado em 1929 e 1930. Não querendo abandonar a corrida naquela pista, o Grande Prêmio de Monza foi seu substituto durante esses anos. Mesmo depois que o GP da Itália voltou ao calendário, o GP de Monza foi mantido como uma prova separada.
 

Em 1933, os dois eventos foram disputados no dia 10 de setembro, uma vez que o circuito não esteve disponível mais cedo, devido a reformas. Pela manhã, o Grande Prêmio da Itália foi realizado. A corrida, com mais de 50 voltas, compreendeu ocircuito oval e também o misto. A prva teve iníco às 9:30 da manhã, com um grid de 19 carros. Após 2h 51m 4s, Luigi Fagioli, pilotando um Alfa Romeo P3, saiu vencedor.

O Grande Prêmio de Monza, no período da tarde, ocorreu apenas na pista oval . A prova foi dividida em três baterias eliminatórias curtas (com 14 voltas), seguidas por uma final mais longa (22 voltas). Os competidores foram divididos em três grupo, de acordo com o tamanho dos motores e os quatro primeiros de cada um deles poderiam alinhar-se para a final.

Aquele Grande Prêmio despertou grande interesse por parte dos espectadores, pois prometia uma feroz disputa entre Alfa Romeo, Maserati e Bugatti. Essa última havia preparado um novo motor de 2.8 litros, mas o diretor da equipe, Meo Costantini, explicou que a equipe oficial ainda não estava pronta para correr. Assim, apenas os pilotos com Bugattis particulares apareceram. Dentre eles, encontrava-se o conde polonês
Stanislaw Czaykowski.

A primeira bateria teve iníco às 14:00h. Uma breve garoa havia molhado um pouco a pista, mas a mini-corrida aconteceu mesmo assim e foi vencida por Czaikowsky, a uma velocidade de 181,56 km/h. O fato que mudaria a história da corrida aconteceu na sétima volta,quando a Alfa Romeo de Felice de Trossi quebrou um pistão e derramou cerca de 22 kg de óleo na entrada da Curva Sul.  


Guy Moll, que terminou a prova em segundo lugar, passou sobre a mancha de óleo e derrapou. Após a corrida, ele protestou sobre as condições perigosas naquela curva, exigindo que atitudes fossem tomadas. Durante o intervalo entre a primeira e a segunda bateria, a mancha de óleo foi limpa com vassouras e recebeu um revestimento de areia. Somente essas medidas superficiais foram tomadas.

Campari e Borzacchini eram os principais concorrentes da segunda eliminatória. O primeiro competiria com um Alfa Romeo P3, enquanto Borzacchini pilotaria o Maserati no qual Campari venceu o Grande Prêmio da França daquela temporada. Os dois carros tiveram seus freios dianteiros removidos, como era comum em pistas de alta velocidade.

Quando passaram pela Curva Sul, as rodas traseiras de seus bólidos deslizaram sobre a areia, que não deu aderência suficiente (embora algumas fontes digam que eles não chegaram a passar pelo local e o acidente se deu quando tentaram desviar do mesmo). Apesar de sua habilidade, Campari perdeu o controle do carro, o Alfa Romeo derrapou e virou várias vezes. Ele foi morto instantaneamente, esmagado pelo próprio carro.

Giuseppe Campari

Borzacchini, que vinha próximo, pisou no freio, mas também derrapou, passou por cima da borda da pista e seu carro virou. O piloto foi atirado para fora do cockpit, gravemente ferido. Ele ainda foi levado para o hospital, mas morreu logo depois. Castelbarco também derrapou e teve a sorte de sair somente com escoriações. Barbieri, que teve mais tempo para reagir, trouxe seu Alfa para dentro e saiu ileso.

O Maserati de Borzacchini após o acidente

Apesar do acidente gravíssimo, que não pôde ser visto pelo público, a corrida foi continuada, com apenas três carros na pista. Apenas mais tarde, quando Barbieri voltou caminhando de volta aos boxes, a tragédia foi anunciada ao público. Renato Balestrero venceu, seguido por Lelio Pellegrini e pela pilota Hellé Nice. 
 
Depois de muita discussão entre pilotos e organizadores, foi decidido, acreditem, realizar a terceira eliminatória! Com mais de duas horas de atraso, cinco pilotos participaram. Marcel Lehoux, em seu Bugatti T51, venceu após 14 voltas, à frente de Pietro Ghersi, também de Bugatti, e Clemente Biondetti da MB-Speciale.

Para a corrida final, 11 pilotos alinharam no grid. Czaikowsky assumiu a liderança, à frente da Lehoux. Porém, o domingo negro ainda não havia terminado e, na décima volta, o Bugatti do polonês derrapou, passou por cima da borda, virou várias vezes e caiu de cabeça para baixo, prendendo o piloto. O carro pegou fogo imediatamente e apenas o corpo carbonizado do polonês foi recuperado dos destroços. Só então a corrida foi interrompida.  

No momento da paralisação, a ordem era: Lehoux (Bugatti), Moll (Alfa Romeo), Bonetto (Alfa Romeo), Straight (Maserati), Balestrero (Alfa Romeo), Biondetti (Maserati), Ghersi (Alfa Romeo), Cornaggia (Alfa Romeo) e Hellé Nice (Alfa Romeo).  

A revista alemã "Auto, Motor und Sport" escreveu que, para estabelecer a responsabilidade por esses acidentes, a Procuradoria Real de Milão abriu uma investigação. Segundo um inquérito realizado por três peritos, houve uma mudança nas condições da pista durante a corrida, mas a aderência dos carros foi diminuída devido a perdas de óleo e pneus desgastados. As manchas de óleo na Curva Sul foram limpas pela administração e cobertas com areia. Além disso, os gestores haviam solicitado aos pilotos, por escrito, para serem cuidadosos naquele local. Assim, o juiz descartou qualquer responsabilidade por parte dos organizadores da corrida de Monza!

Tazio Nuvolari, um dos maiores pilotos de todos os tempos, havia disputado o GP da Itália e também deveria correr o GP de Monza, ficando de fora devido ao estado ruim de seus pneus. Devido a esta circunstância, ele não esteve envolvido. Tazio ficou profundamente abalado e passou a noite inteira ao lado do corpo de seu amigo Borzacchini.

Em homenagem a Borzacchini, o circuito de Magione, na província de Perugia, próximo de onde ele nasceu, foi renomeado como "Autódromo Mario Umberto Borzacchini". Aqui, cabe uma curiosidade: o nome de batismo de Borzacchini era "Baconino Francesco Domenico". Em 1930, sob o governo de Benito Mussolini, o piloto foi pressionado a correr com um nome italiano (Mario Umberto) porque, ao nascer, seus pais lhe deram o nome de um ativista socialista russo (Mikhail Bakunin).

A tragédia levou ao fim do circuito original de Monza. Várias chicanes foram construídas e o oval foi abandonado, tendo somente a sua parte sul utilizada, em combinação com o circuito misto, até ser demolido em 1939.


Monza após 1933 (wikipedia)


Após o domingo negro, o Grande Prêmio de Monza só retornou em 1948, sendo disputado até 1952. A primeira dessas edições foi uma corrida de Fórmula-1 e as outras de Fórmula-2. Nenhum deles contou para o Campeonato Mundial.
 

Eis algumas cenas da corrida:



Fontes: http://8w.forix.com/monza33.html
            http://www.kolumbus.fi/leif.snellman/gp3314.htm

12 de maio de 2013

Quem aposta come bosta

Em 2010, Richard Branson, dono da companhia aérea Virgin e da equipe de F1 de mesmo nome, fez uma aposta com Tony Fernandes (proprietário da Caterham e da Air Asia): quem terminasse aquele campeonato da pior maneira teria que se vestir de aeromoça em um voo da empresa rival.

Hoje, Branson pagou a aposta:








 



Como se não bastasse passar vergonha nas pistas...

8 de maio de 2013

3 de maio de 2013

Homem de Ferro no DTM

No DTM, uma equipe da Audi está promovendo o lançamento do filme "Homem de Ferro 3" (Iron Man 3).

Por isso, o piloto Adrien Tambay e seus mecânicos apareceram em Hockenheim vestidos em homenagem ao personagem:



1 de maio de 2013

F1 x NBA

Bernie Ecclestone declarou que assinou acordos com cada uma das 10 primeiras colocadas do Mundial de Construtores de 2012, negociando separadamente com cada uma delas. A Marussia, 11ª no ano passado, ficou de fora.

Acordos firmados dessa maneira são sempre ruins. Cada equipe busca o que é melhor para si própria. E por qual motivo não deveria ser assim? Simplesmente porque isso é prejudicial ao campeonato e, para ilustrar, gostaria de fazer uma comparação com a liga de basquetebol dos Estados Unidos.



Na NBA, a divisão de cotas de TV é igual para todas as franquias. O Boston Celtics, com seus 17 títulos,  recebe o mesmo que o Toronto Raptors, que jamais foi campeão. O Hornets, da pequena Nova Orleans, ganha tanto quanto o Knicks, da gigante Nova Iorque.

É claro que essa não é a única fonte de renda das franquias. Times com um maior apelo popular, evidentemente, acabam por lucrar mais. Por esse motivo, a liga estabeleceu um teto salarial. Uma equipe pode até superá-lo, mas paga por isso. Para cada dólar excedido, há uma multa, que aumenta proporcionalmente. Assim, quanto maior for o gasto do time, maior será a multa a ser paga por cada dólar excedente em relação ao limite.

Parte do dinheiro arrecadado com as tais multas é dividido entre os times que não ultrapassaram o teto, enquanto o restante é gasto em eventos da própria NBA, tal como o jogo das estrelas. Isso faz com que, por exemplo, a diferença entre a maior folha salarial da NBA na temporada 2009-10 (os US$ 91 milhões do Lakers) e a menor (os US$ 53 milhões do Grizziles) seja de "apenas" US$ 38 milhões. Agora, vamos comparar com a F1 e vocês entenderão o motivo pelo qual eu escrevi "apenas": segundo a revista alemã Auto Motor und Sport, em 2010, o orçamento da Red Bull foi de aproximadamente US$ 404 milhões, enquanto a nanica Hispania teve à sua disposição cerca de US$ 49 milhões!

Além disso, para equilibrar ainda mais as coisas, a NBA organiza o draft, um evento no qual os trinta times escolhem jogadores para ingressar na liga. Primeiramente, os times que ficaram de fora dos playoffs na temporada anterior participam de uma espécie de loteria para determinar a ordem da escolha. O vencedor ganha o direito de fazer a primeira seleção. O processo é organizado de modo que os times com  desempenhos inferiores na temporada anterior tenham maiores chances de obter escolhas melhores. Esse método determina as três primeiras escolhas e o restante é disposto em ordem contrária ao número de vitórias do  ano anterior.

E por que diabos a NBA faz tudo isso? Socialismo? Amizade? Premiação ao fracasso? Nada disso. O motivo é simples: quanto mais equipes com chances de levantar o caneco, mais emocionante fica o campeonato e, consequentemente, mais pessoas se interessarão por ele. E isso é bom para TODOS os times da liga.

O Cleveland Cavalliers, por exemplo, terminou a temporada de 2002-03 na última colocação. Por esse motivo, acabou sendo beneficiado na escolha do draft no ano seguinte e selecionou o astro LeBron James. Com ele, o time deu uma guinada: chegou às finais em 2007 e fez a melhor campanha da temporada regular em duas ocasiões (2008-09 e 2009-10). Isso significa que um time que outrora era o saco de pancadas, se transformou em um bicho-papão.

Sou contra a padronização de motores, chassis ou pneus. A F1 é, antes de tudo, uma competição entre carros. Eles é que são os verdadeiros astros. Porém, é preciso equilibrar as coisas. 

Na principal categoria do automobilismo, ocorre o inverso do que se vê na NBA: as equipes são premiadas de acordo com suas posições no mundial do ano anterior. O primeiro colocado fica com a maior parte e assim sucessivamente, até chegar ao último colocado que, coitado, vai receber uma merreca.

Não é preciso dizer que isso gera um problema: o campeão, que já era bom, tende a continuar assim, já que recebeu a maior parte da grana. É por isso que, quando a temporada começa, só uns 2 ou 3 times têm chances reais de serem campeões, e quase sempre são os mesmos que já foram protagonistas nos anos anteriores. Os coadjuvantes também tendem a ser os mesmos. Os figurantes, idem.

E isso é muito chato.